segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

FIM

Talvez este seja o último post neste blog. Ou talvez não. Talvez volte a ser usado, em breve, quando surgir a questão da eutanásia, por exemplo.
Uma minoria dos portugueses votou sim. Outra minoria votou não. Será que vai haver lei? Talvez sim. O Governo quer. O Governo manda. O Governo tem maioria.
Aliás, este referendo foi uma farsa. Apenas serviu para dar razão às políticas do Governo. Mais, este Governo não é estupido. Até agora, conseguiu fazer tudo o que planeou - contra as promessas eleitorais. Mas já sabiamos que ia ser assim, não é?
O sim ficou à frente do não. A despenalização do aborto pode vir. Abortar deixará de ser penalizado; abortar não será crime. Não sendo crime qualquer pessoa o pode procurar. E, que bom, o Estado vai patrocinar os abortos, até às 10 semanas, oferecendo a Clinica.
Não posso dizer muita coisa agora. Não acredito que o apoio que dizem que vai existir, venha de facto a existir. É mais simples mandar para a Clinica Espanhola que abre daqui a umas semanas, em Portugal.
O Estado fornece o acesso gratuito às Clinicas Privadas até às 10 semanas, sem ser necessário apresentar justificações.
Mas, repito, pouco posso dizer. É preciso esperar pela Lei.
A liberalização está às portas, e vem rápido "para os da direita não pressionarem", como dizia um politico qualquer. O Louçã ou o Jerónimo. Um deles.
Enfim, Portugal ontem assinou o decreto de morte. Poucos disseram sim. Poucos disseram não. Muitos disseram, mesmo sem dizer, "talvez". O "talvez sim, talvez não" venceu.
Agora vem a Lei.
Agora vem a Morte de inocentes.
Venha ela.
Cá estarei para dizer "não" a esses abortos. Ah, e "sim" aos abortos que são o Sócrates e o seu eterno amor - Aníbal Cavaco (ainda cabe a este uma última palavra, não é?).
Aguardemos então pela Lei da Morte.
E pelo apoio à maternidade. Um dia.
E tu, amiga, lembra-te que, antes do aborto, existem outras soluções... que dão vida.

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