quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

gays

Pensei duas vezes antes de criar este post, mas vai ser interessante ver os comentários que vou receber, os insultos e as ameaças de morte.

Antes de ir directo ao assunto, digo já que isto tudo vai parecer homofóbico. Que se lixe.

Descobri no Sapo Videos e Youtube que um dos grandes apoiantes do Sim é o PortugalGay.Pt... Ora bem... o meu rápido raciocinio vai fazer-me associar várias coisas. E são: Gays e Sócrates, o PM. Tão simples quanto isso!

Com todo o respeito aos homossexuais deste pequeno país, o que vos interessa se uma mulher engravida ou não, se o filho é desejado ou não, etc? O que vos interessa? Vocês, por opção, doença, vicio ou o que quiserem, não têm relações que possam engravidar, certo? Então para que esta preocupação da vossa parte?

E porquê é que eu acho que a campanha pelo sim tem homossexuais atrás?
E porquê é que o site Nao-Mesmo.org ataca a Igreja (Inquisição, Catecismo, Biblia)? Porque ela não apoia relações entre pessoas do mesmo sexo? E a seguir vai haver referendo para uniões/casamentos? Que venha ele.

Que luta é esta, afinal?

Gays Vs Igreja? ou Vida Vs Morte? Estou baralhado...

14 comentários:

Anónimo disse...

Ameaças de morte?!? hummm... pensava que isso era o que faziam os skins aos gays (e pretos, e judeus...).

Anónimo disse...

De facto, o seu post não é apenas declaradamente homofóbico, é também revelador de desonhecimento sobre a essência da democracia. Ou os cidadãos só devem ter opinião sobre a vida pública do País conforme tenham determinada orientação sexual? Para mais quando estamos a ter um debate que é essencialmente sobre Direitos Humanos, face às mulheres que continuam a morrer ou a sofrer sequelas graves devido ao aborto clandestino? Achas que os direitos humanos são preocupação só de heterossexuais?!

Por outro lado, étambém ignorante: há milhares de homossexuais com filhos, quer resultantes de anteriores relações heterossexuais, quer porque recorrem à inseminação artificial.

E quando digo milhares, estou mesmo a falar de Portugal - deixe essas crianças crescerem e verá por si próprio uma nova realidade a ganhar visibilidade social.

Infeliz.

sérgio vitorino disse...

O Aborto toca a tod@s
LGBT pela Escolha

Dia 11 de Fevereiro, VOTA SIM



Anualmente 20.000* mulheres portuguesas recorrem ao aborto clandestino. 360.000* mulheres entre os 18 e os 49 anos já o fizeram. Milhares de outras ficaram com sequelas psicológicas e físicas, incluindo a esterilidade permanente.



Todos os anos, milhares de mulheres chegam às urgências dos hospitais com hemorragias, infecções e outras complicações decorrentes de abortos clandestinos. São sobretudo jovens adolescentes ou mulheres desfavorecidas económica e socialmente que não têm os meios para recorrer a um aborto mais seguro feito no estrangeiro. Cada ano, várias mulheres continuam a morrer em Portugal por causa de abortos clandestinos, mas para quem defende o Não, estas vidas não contam.



O aborto clandestino é um grave problema para a saúde pública e a actual Lei penalizadora é incapaz de preveni-lo. Antes o fomenta, ao manter as mulheres que abortam longe do sistema de Saúde, e de um encaminhamento para a contracepção, o planeamento familiar e Educação Sexual, de forma a diminuir os números da gravidez indesejada e da gravidez adolescente. Na clandestinidade, mais de 70%* das mulheres que realizam abortos não recebem hoje qualquer aconselhamento sobre contracepção.



Mesmo quando usados correctamente, todos os métodos contraceptivos são falíveis, pelo que a gravidez indesejada pode acontecer a qualquer casal fértil, por mais informado e consciente. Pode acontecer a tod@s.



Votar SIM é aceitar esta evidência, para mais num país em que a Igreja Católica mantém tanta influência. A mesma Igreja que acusa as mulheres que abortam de quererem utilizar o aborto como método contraceptivo, é a que criminosamente se opõe à totalidade de métodos contraceptivos como o preservativo e a pílula e ao direito a uma sexualidade satisfatória e livre, e não exclusivamente reprodutiva. No entanto, 80%* das mulheres que abortaram só o fizeram uma vez, e muitas já eram ou viriam a ser mães mais tarde.



Votar SIM é acabar com o vexame público dos julgamentos de tantas e tantas mulheres, que os defensores do Não afirmaram em 1998 que nunca iriam ter lugar.



No país do processo Casa Pia e da realidade chocante de abuso, violência e abandono de crianças, os defensores do Não querem obrigar as mulheres a ser mães, impedindo-as de escolher se e quando fazê-lo, como se o primeiro direito de uma criança não fosse o direito a ser desejada e a maternidade não devesse ser uma escolha consciente e responsável.

Quem defende o Não, argumenta com a defesa de um feto, mas lava as mãos dos direitos das crianças após o seu nascimento.



De César das Neves a Gentil Martins, reconhecemos agora a cada dia, nas fileiras do Não, os promotores mais acérrimos da LesBiGayTransfobia e os que mais se têm oposto ao fim da discriminação da comunidade LGBT em questões como a do acesso ao casamento, regulamentação das Uniões de Facto, adopção ou Reprodução Medicamente Assistida para mulheres lésbicas, negando que também muitas pessoas LGBT têm filhos, filhas e famílias, e que uma mulher, independentemente da orientação sexual, pode decidir por si sobre a sua própria maternidade.



O conservadorismo que não permite à mulher decidir como e quando ser mãe, é o mesmo que não reconhece o direito de Lésbicas, Gays e Bissexuais a escolherem como e quem decidem amar, assim como não reconhece às pessoas Transgénero (nem às mulheres em geral) o direito a dispor do seu próprio corpo. É o mesmo conservadorismo que discrimina e despreza todas as formas de sexualidade para além da heterossexual, em detrimento da liberdade e da celebração da diversidade!



Votar SIM, é contribuir para o reconhecimento da real diversidade dos modelos familiares para além do modelo heterossexual tradicional, é colocar em xeque um bastião das normas machistas que estão também por detrás da LesBiGayTransfobia reinante. Votar SIM, é abrir uma brecha na relação de forças com as correntes conservadoras que obstam ao reconhecimento dos direitos sexuais e reprodutivos em Portugal e ao fim da discriminação das mulheres, bem como da comunidade LGBT.



O conservadorismo que oprime a liberdade de escolha da mulher é o mesmo que não aceita o direito de tod@s @s cidadãos LGBT à felicidade!

Votar SIM é abrir caminho para um mundo mais igual, onde tod@s possamos fazer as nossas escolhas em liberdade!



Tod@s temos a responsabilidade de decidir sobre o futuro que desejamos!

Desta vez, cada voto conta!

Por isso, dia 11 de Fevereiro, VAMOS TOD@S VOTAR SIM!



∙ Clube Safo

∙ não te prives - Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais

∙ Panteras Rosa – Frente de Combate à LesBiGayTransFobia

∙ PortugalGay.PT



* Estudo Sobre as Práticas de Aborto em Portugal – Associação para o Planeamento da Família (APF), 2006

Anónimo disse...

já agora uma informação que o vai desiludir: há vários homossexuais entre os mandatários e defensores dos movimentos pelo NÃO, e até um ou outro blog gay pelo Não.
É que realmente a orientação sexual das pessoas não as torna todas iguais umas às outras, sabia? Isso vale tanto para homo como para heterossexuais, sabe porquê? Porque são, uns e outros, em primeiro lugar, pessoas.

TIAGO disse...

Todos são pessoas.
Tem razão. Tanto os homosexuais como os hetero.
Eu sei. Infelizmente, reconheço por mea culpa, mea maxima culpa, talvez o meu post tenha sido mauzinho para os homosexuais.
Compreendo que queiram amar e ter crianças. Se isso é bom ou mau não sei. Só os envolvidos o saberão e o podem dizer.
Este não é o sitio certo para falar sobre casamentos e adopções. E eu sou a pior pessoa do mundo para falar disto... podem entrar muitos preconceitos na resposta. So quem está na pele de um homosexual pode responder verdadeiramente, não é?
o tempo vai mostrar como sao as crianças filhas desses casais e se é recomendado ou não...
Tive agora uma ideia. Os grupos de homossexuais podiam apoiar as mães grávidas e depois os filhos iam para adopção por casais homosexuais...
salvavam-se crianças e faziam-se casais felizes...

Anónimo disse...

FORÇA TIAGO! CONTINUE ASSIM, FALE A VERDADE SEMPRE! VIVA O NÃO E A MINHA MÃE, VIVA A VIDA, TENHAMOS FILHOS É O QUE FAZ FALTA NESTE PORTUGAL: JOVENS HOMENS E MULHERE!

Anónimo disse...

Força Tiago! Continue com as suas opiniões, não tenha medo à VERDADE! Obrigado a minha mãe e viva a vida com muitas crianças homens ou mulheres responsáveis.
Parabéns.

pedro almeida disse...

A propósito disto, veja-se o mais recente vídeo do www.assimnao.org, de Marcelo Rebelo de Sousa.

Força pelo Não. E não é por teimosia, é por vontade em mudar para melhor o mundo.

Anónimo disse...

Tiago, acho que tem que ler melhor o site... de facto é contra a Bíblia mas apenas na única parte em que a Bíblia fala no Aborto, e de uma forma, diga-se, do mais reles possível.

TIAGO disse...

a questão não é com a religião. Acima de tudo, é com a vida!!!
Se a religião apoia a vida, isso agora não interessa.
Se voto sim ou não, é totalmente independente das minhas crenças!
A questão é a vida.
E se o não ganhar? Qual será o apoio do Governo? Eles contam com a vitoria do sim e já têm tudo planear para ajudar nos abortos. Mas se a lei não for para a frente? Irão ajudar as instituições que apoiam as grávidas e os bebés indesejados?

A Espanha, nuestros hermanos, não têm lei do aborto, como nós queremos ter... para "compensar" dizem sim aos casamentos de homossexuais.
No fundo, Portugal quer "modernizar-se" e apanhar a Europa... a Europa que se está a auto-destruir e que daqui a uns anos não terá gente jovem...

Unknown disse...

1 - a forte ligação com os direitos humanos e, particularmente, com os direitos das mulheres (e feminismo)

2 - Errr, bissexuais ou homossexuais com experiências hetero, por exemplo? Existem mais do que pensa... mas ainda que assim não fosse, isso é quase como afirmar "mas que interessa aos homens se uma mulher aborta ou não?" Sim, isso é muito cru e irá dizer imediatamente que é uma comparação absurda mas olhe que as razões não são assim tão distintas...

3 - Espanha?! Mas para onde pensa que vão todas as mulheres que não abortam clandestinamente, que tem dinheiro para o fazer em condições sanitárias e com apoio psicológico e acompanhamento de planeamento familiar adequado?

Ikkuna disse...

Pois bem, Sr. Tiago, aqui lhe remeto a minha resposta.

Os movimentos LGBT, além de terem preocupações politico-cívico-sociais para com os que sofrem todo o tipo de discriminações baseadas na identidade e género, também têm preocupações para com o resto da população. Seria, obviamente hipócrita da parte destes movimentos se não as tivessem, não acha? Assim, o que se exige é a igualdade de condições, para todos, sem discriminação de género (homem, mulher ou outro), raça, credo, capital, etc.
Esclarecido este primeiro ponto, vamos ao derradeiro. O apoio de alguns LGBT prende-se com o facto de abrir um novo folgo na permanente pressão do enorme conservadorismo vigente sobre a maneira de como se vive a sexualidade em Portugal. Partimos do princípio Sr. Tiago, que absolutamente ninguém a não ser própria pessoa tem o direito a decidir sobre o nosso corpo e sobre a nossa sexualidade. Dizer sim ao aborto, é um princípio para quebrar definitivamente as correntes que nos prendem a uma sexualidade rígida, hetero e missionária. É o caminho do respeito mútuo, liberdade e tolerância.

TIAGO disse...

Tens a minha idade e gostei do teu comentário. A sério. Gostei mesmo.
Nao tenho nada contra os homossexuais. A sério. Pronto, sei que o meu post não foi coisa feliz... mas foi o que saiu e não vou tirar. Pelo menos atraiu comentários ao blog e novas perspectivas para ver as coisas. Isso é positivo.
Devil's Little Sister, que venham as uniões entre homossexuais e adopções de crianças. Antes isso que tirar a vida ou mandar para a fogueira os culpados. Por exemplo, não seria bastante mais interessante um casal homossexual adoptar uma criança, cuja mãe preferia o aborto?
Termino dizendo que acho muito bem lutar pela liberdade, desde que a lei seja cumprida. A lei não serve para restringir para dar uma liberdade com vista à promoção do bem estar. Um país que tem uma lei que não defende a vida, é um país com maus valores e com um futuro muito negro, não achas?
Fico por aqui.
Até breve.
Tiago

Anónimo disse...

Este blog é melhor que ir ao circo. e mais barato.