terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Minha mensagem

Ex.mo Sr. Provedor
compreendo que o Gato Fedorento pretenda animar as pessoas com o seu humor e diversão. Só não compreendo como deixam o Ricardo Araujo apresentar sketchs em que mostra claramente ser a favor do aborto e estar, de certo modo, a fazer campanha. Todos sabemos que ele é a favor da despenalização do aborto e, por isso, devia ser-lhe exigido mais calma da forma como fala do tema no Diz que é uma espécie de magazine. Não é a primeira vez que o tema é tratado. Mas agora, ao gozar com Marcelo Rebelo de Sousa, Ricardo abusou.
Os meus melhores cumprimentos
[assinatura]
enviado pelo site da RTP: http://www.rtp.pt/wportal/grupo/provedor_telespectador/contactos.php

6 comentários:

Joana Veigas disse...

Sinceramente... Até sou a favor que se faça algum humor... Para ver se o pessoal até descontrai um pouco...
Já tinha visto um outro sketch que fazia o debate entre os dois... E pronto... Até nem meti em causa... Mas este... É um abuso... É descer muito baixo mesmo...
É impressionante quando gozam com uma pessoa tão bem vista na nossa sociedade... Penso que os senhores do Gato Fedorento têm consciência que Marcelo Rebelo de Sousa flou bem... Porque se gozam por se dizer que é a favor da despenalização... Também deviam gozar com os do sim... Afinal... Eles dizem que são contra o aborto...
Então??? Qual é a diferença??? Pois... Talvez não convenha... Porque votar sim é fixe... Pois só assim é que somos uma sociedade moderna e muito à frente (ou não)...

Peço desculpa pelo meu comentário ter uma certa arrogância... Mas eu passo-me quando as pessoas não sabem analizar as questões do NÃO...
A salientar... Marcelo Rebelo de Sousa... Disse que era a favor da despenalização não só até às 10 semanas, mas também às 11, 12, 13, ...
Pois... Este aspecto não foi referido no sketch... Eu só pergunto... Porque será???

Anónimo disse...

Como sei que só lhe interessam as opiniões "favoráveis" compreendo que não publique este comentário. O Ricardo Araújo Pereira faz aquilo para que é pago, ou seja, humor. Quem não considerar que o que ele faz é muito bom tem sempre a opção de não ver. Felizmente que o "Diz que é uma espécie de magazine" não vai ser referendado, pois se fosse lá vinha um grupo de iluminados dizer que este programa é contra os bons costumes.

Mas como este blog é sobre o referendo gostaria de propor que aqui se debatesse a verdadeira questão que vai ser referendada. É que a favor da vida somos todos! Agora, a favor de uma lei que prevê que seja aplicada uma pena de prisão de 3 anos para as mulheres que decidam interromper a gravidez, espero que nem todos sejamos.

TIAGO disse...

Gonçalo...
uma lei, quando inicialmente é feita, tenciona proteger o melhor possível a sociedade, para o bem de todos, prevendo sanções a quem agir de forma errada. A lei existente tenta proteger os inocentes... MAS não refere que cada caso é um caso e não refere que o estado e cada português é culpado por cada aborto realizado. Se uma mulher quer abortar é porque tem um bom motivo. Afinal isto custa, não é? Falta falar do apoio que devia ser dado. Do apoio ninguém fala. O apoio não vem sequer no orçamento de estado, penso eu de que. Facilitar o aborto e não simplificar as adopções, os acessos às maternidades... é grave.
Fala-se de liberdade e de evolução. Mas isto está tudo a andar para trás.
Ainda bem que também é a favor da vida! Vamos defende-la e ajudar com a defesa dela.
Infelizmente, Gonçalo, o senhor errou. Publiquei o comentário. E respondi.

Anónimo disse...

Agradeço a resposta Tiago. Realmente fiquei surpreendido por encontrar um defensor moderado do "não". Infelizmente, esta campanha tem revelado uma grande falta de nível de ambas as partes.

Quanto à questão dos 3 anos de prisão continuei sem saber a sua opinião e como sabe é essa a questão do referendo. Dizer que cada caso é um caso é uma fuga à questão. Se estiver para isso responda-me por favor se considera a lei actual correcta. Já agora imagine que todas as mulheres que abortaram fossem presas... Era bom para quem?

Quanto ao apoio às mulheres que pensam em abortar estamos completamente de acordo! É pouco. Mas penso que se uma mulher grávida, caso ganhasse o "sim", se dirigisse a um hospital e dissesse que não tinha condições para ter um filho, os profissionais de saúde só interromperiam a gravidez em último caso, depois de ilucidarem a mulher sobre as instituições de apoio, a possibilidade de adopção, etc... O cenário actual de abortos clandestinos onde há muita gente a ganhar muito dinheiro parece-me muito mais desadequado...

TIAGO disse...

Gonçalo,
peço desculpa ter fugido, intecionalmente, à questão da prisão. Realmente é só isso que está em causa - dizem os do sim. Eu, pessoalmente - e também do lado do não - digo que é algo mais. É uma vida. Houve um debate onde o médico Pinto da Costa insistia que não havia vida às 10 semanas... e todos sabemos que há. Basta ver o documentário da National Geographic que apresenta brilhantes imagens. Pode encontrar no Sapo Videos, Google Videos e no YouTube. Já enchi estes três espaços com o dito filme.
Bem, sou contra a prisão das mulheres. SIM, sou contra a prisão destas vitimas da sociedade. A maioria aborta por pressões familiares, sociais ou económicas. E ninguém, aparentemente, quer saber delas. Na realidade, além da criança, a mulher também é uma vitima. O Estado quer por o aborto na moda, mas não parece estar interessado em apoiar as mulheres e pedir-lhes que não abortem.
Se o aborto ficar liberalizado, só vejo o Estado a criar clinicas de aborto, financiar abortos e nada de apoio às familias numerosas, às familias com dificuldades financeiras e com desejo de ter filhos, aos filhos que querem estudar e não podem por falta dos euros e tantos outros exemplos.
Ou seja, sou contra o aborto e contra a despenalização. Mas também sou contra a falta de apoio do Estado às mulheres. E sou contra a prisão. Antes da prisão devia haver o apoio.
No fundo, digo "Huum e tal... não" a isto tudo!
Espero ter respondido.

Anónimo disse...

posso concordar no facto de q não se devia desrespeitar a opinião dos outros, especialmente daqueles que têm uma opinião diferente da nossa, mas depois de ver cartazes do sim na rua com tinta vermelha por cima e rasgados,não me parece que o nao tenha alguma coisa a dizer.